Era
um homem regular que não gostava muito de viajar, mas que havia viajado muito
nos últimos anos.
Viajou
para se encontrar com amores que não vingaram...
Viajou
para acertar contas com o passado...
Viajou
para locais que nem mais lembra por que...
Essas
idas e vindas e falhas desbotaram a cor do céu e todo azul tornou-se cinza... E
todo o azul agora reside nele mesmo.
Mas
não foi tempo perdido, pois para cada mundo que cai, um novo se forma... E ele
tem vivido e mesmo que persista a melancolia, certa grandeza surge a partir de
toda pequenez que sente.
São
climas e faces diferentes e elas ensinam... Ensinam sobre a beleza no sorriso
alheio. Quão forte são os homens e as mulheres que cruzam seu caminho...
Este
homem que conta as sombras das arvores em travessias por terra noturna, que
caminha ao lado de nuvens e observa o sol se por tocando-as deseja apenas criar
raízes, fixar-se ao lado de uma boa alma.
Micro
apocalipses e desejos não realizados...
Contando
as horas e esperando a próxima partida...
Qual
desses sorrisos seria o seu?
...
Qual dentre eles o fará ficar?
Uma
última sombra...
Um
último por do sol.
No
descanso dos pés um refugio para a mente.